sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Minha adolescência...

Olhar antigas fotografias é um exercício interessante. Porém, ele está relacionado com o momento que tu vives enquanto pessoa. Se estás triste, terás recordações saudosas, dolorosas, às vezes amargas. Amaríssimas. Ao revés, se estás feliz, tudo se constitui numa bela viagem a velhos sonhos dourados. Não é?

Não tenho muitas fotos de adolescência. Aliás, quase nenhuma. Digamos que as fotografias são flashes de minha memória, que não se eternizarão jamais, posto que, quando findar minha estrada, findarão estas fotografias da alma.

Okay. Não houve muito o que fotografar. Não pelo tempo passado, mas pela falta de dinamismo mesmo. Não tive muitos amigos, não tive nenhum amor, fui um verdadeiro Brás, de Assis, que passou despercebido pela fatia suave da vida, enquanto pululavam lampejos de sonhos em minha cabeça.

Não era precoce, pois. Pelo contrário.

A vida passou e me vejo velhinho, apesar de ainda lembrar das fotografias, meio apagadas pelo cansaço, pela substituição por outras imagens. Resta-me apenas lamentar por mim, e orar pelos jovens de hoje, exortando-os a aproveitar o que não fiz. De forma sadia.

E tu saíste com mais de 20 caras? Minha velha, não me mates!

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