terça-feira, 18 de setembro de 2007

E era você?...

Ainda não creio que era você. Olha, devo confessar que aquele momento foi cruel... parecia que um raio caiu na minha cabeça. Por um acaso você sabe como é a sensação de não estar conseguindo crer em seus próprios olhos, de forma a não distinguir o que é sonho, pesadelo ou realidade? Por quê?
O pior de tudo é ficar sem entender porque isso aconteceu. Será a distância entre nós dois? Não, pois afinal moramos na mesma rua. Então só pode ser a proximidade... isso mesmo, a proximidade de outro alguém. Mas o que buscavas, ingrata? O que querias enfim?
Uma fotografia... de data recente, onde dois velhos amores se encontram, não é mesmo? Eu sempre fui o segundo em tudo... segundo namorado, segunda pessoa a ser apresentada a seus pais, segundo a lhe dar presente de dia dos namorados... segunda vez... talvez seja uma questão de lógica eu ser o segundo em seu coração.
Ingrato eu também sou, pois talvez tenha permitido que isso acontecesse. Afinal, quanto ouvir-dizer nesta cidade... quantas almas zelosas pelas vidas alheias. Sim, saí, muito até, às vezes após te deixar em casa, alegando enxaqueca... reflexos da minha própria natureza, sei lá, de caçador. Se eu sou caçador, você foi uma parasita... que enquanto abraçava, provocava a morte da presa sem que esta soubesse. E assim foi.
Talvez seja o mais justo, não? Voltar para o começo...
Não estou mesmo maduro o suficiente...
Ainda não...
Ainda é cedo pra mim.
E pra nós.

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