Não é possível, mulher, tens que ter mau hálito!!
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Lírica
Não é possível, mulher, tens que ter mau hálito!!
Minha adolescência...
Olhar antigas fotografias é um exercício interessante. Porém, ele está relacionado com o momento que tu vives enquanto pessoa. Se estás triste, terás recordações saudosas, dolorosas, às vezes amargas. Amaríssimas. Ao revés, se estás feliz, tudo se constitui numa bela viagem a velhos sonhos dourados. Não é?
Não tenho muitas fotos de adolescência. Aliás, quase nenhuma. Digamos que as fotografias são flashes de minha memória, que não se eternizarão jamais, posto que, quando findar minha estrada, findarão estas fotografias da alma.
Okay. Não houve muito o que fotografar. Não pelo tempo passado, mas pela falta de dinamismo mesmo. Não tive muitos amigos, não tive nenhum amor, fui um verdadeiro Brás, de Assis, que passou despercebido pela fatia suave da vida, enquanto pululavam lampejos de sonhos em minha cabeça.
Não era precoce, pois. Pelo contrário.
A vida passou e me vejo velhinho, apesar de ainda lembrar das fotografias, meio apagadas pelo cansaço, pela substituição por outras imagens. Resta-me apenas lamentar por mim, e orar pelos jovens de hoje, exortando-os a aproveitar o que não fiz. De forma sadia.
E tu saíste com mais de 20 caras? Minha velha, não me mates!
Caro Papai Noel,
Acontece que os últimos tempos têm sido difíceis. Pra dizer a verdade, nem lembro direito que dia é hoje, ou onde estou, ou pior, por que estou.
Só sei que está perto do Natal porque vi em algum lugar uma propaganda daquela bebida de rótulo vermelho, a... a... Coca Cola, não é?
Daí lembrei que costumava escrever para o senhor quando era inocente. Claro que nem sempre podia atender, e quando respondia por escrito, tinha uma letra muito parecida com a do meu papai de verdade.
Quem sabe não pode me atender agora?
Vou deixar esta carta no correio, bom velhinho. Ouvia dizer que eles sabem onde entregar.
Meu pedido é simples, Papai Noel. É para que eu possa fazer as escolhas certas, sem pressões, sem medos, sem desespero, sem angústia, sem inquietude. Talvez até errar, mas errar diferente, me sujar menos, me sentir menos podre e fétido.
Quero meus últimos anos de volta, Papai Noel.
Não me atenda.
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Monólogo com o espelho
terça-feira, 18 de setembro de 2007
E era você?...
terça-feira, 11 de setembro de 2007
Algumas palavras sobre um sorriso...
terça-feira, 4 de setembro de 2007
Destinos iguais
Eis que olhei para cima, num pequeno galhinho vi um canarinho e uma canarinha... trocavam leves bicadinhas repletas de ternura, e comecei a pensar... aquele amor natural, sem os vícios da humanidade moderna, repleto de pureza, ternura e tranquilidade... um mistério tão grande, como se aqueles dois pequenos seres, que passam despercebidos pelos olhos da humanidade, estivessem - como julguei que de fato estavam - estivessem trocando confidências, trocando juras de amor eterno, desfrutando do amor no maior grau de pureza possível... longe da maldade que só os seres humanos têm e carregam.
Aquela cena, unida à beleza do fim de tarde no campo, me trouxe grande paz e tranquilidade...
Via, ali, no meio de tanta ternura, minhas prórpias recordações de infância, meu primeiro amor, o grande toque de pureza que revestia nossos lábios, nossos beijos... algo imune à dor, à crueldade, um sentimento que representava uma verdadeira fuga para um lugar bom e tranquilo... a grande e eterna busca humana pelo bom e tranquilo...